O presente trabalho investiga o fenômeno das regulações
expropriatórias a partir de uma concepção ampla do
instituto da desapropriação. Assentada a premissa de
que o art. 5º, inciso XXIV, da Constituição Federal atrai
para o seu campo de incidência toda espécie de sacrifício
ao direito de propriedade, tem-se que o Estado não pode
se valer do instrumental regulatório para desapropriar
sem a observância dos requisitos constitucionalmente
previstos. Poderá fazê-lo apenas se percorrer o caminho
constitucional da desapropriação, por meio da deflagração
de um devido processo expropriatório que garanta aos
expropriados uma solução compensatória prévia e
justa. Além da redação expressa do art. 5º, inciso XXIV,
da Constituição, outros dispositivos do próprio texto
constitucional legitimam a mesma conclusão. Sobre o
ponto, o Decreto-Lei nº 3.365/41, considerado a lei geral
sobre desapropriações no Brasil, oferece instrumentais
adequados a tal fim? Em caso negativo, é possível
propor um modelo procedimental ideal para efetivar
as regulações expropriatórias? A análise de impacto
regulatório (AIR) poderia servir a tal propósito? Responder
a tais indagações depende do reconhecimento de que
o devido processo expropriatório deve ser permeado
pelos princípios da participação, da consensualidade, da
transparência e da eficiência. Nem sempre, porém, é fácil identificar o potencial expropriatório da regulação. Afinal, quando a ordenação se transmuda em expropriação? Resolver
a chamada “questão expropriatória” constitui, por certo, um dos maiores desafios do direito público contemporâneo. Os
parâmetros propostos pela doutrina brasileira são insuficientes e muitas vezes inadequados para identificar o caráter
expropriatório da regulação. Por essa razão, recorre-se ao cenário norte-americano, no qual as regulações expropriatórias
têm sido objeto de profundos estudos e julgadas há mais de um século. Os precedentes e trabalhos realizados nos
Estados Unidos constituem, portanto, campo fértil para a compreensão do tema. Ao fim, à luz do ordenamento jurídico
brasileiro, são propostos parâmetros materiais de identificação de traços expropriatórios da regulação.
ISBN: 978-65-5518-294-1
Páginas: 273
Ano: 2021
Formato: 14.5 x 21.5
Edição: 1ª Edição
Categoria:DIREITO PÚBLICO, DIREITO ADMINISTRATIVO, DESAPROPRIAÇÃO, REGULAÇÃO. Público-alvo/consumidores ADVOGADOS, ESTUDANTES DE DIREITO, ACADÊMICOS, ECONOMISTAS.
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